Quem pagará a conta da Internet nos automóveis?

 

Vivemos num mundo onde cada vez mais equipamentos e dispositivos estão ligados à internet – na chamada Internet of Things – e isso não deixa de fora os automóveis. Ter um automóvel continuamente ligado à internet abre imensas possibilidades (como a monitorização remota para efeitos de manutenção, relato de acidentes, informação de trânsito, etc) mas… quem é que vai pagar pela ligação?

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As opções mais imediatas são óbvias: cobrar mais uma mensalidade; ou incluir esse custo no preço do veículo, pelo menos durante um determinado período de tempo, a partir do qual o dono terá que se desenrascar. Nos EUA, a Audi vai oferecer conectividade 4G no seu novo A3, e isso é algo que vai obrigar a pagar $99 para ter direito a 5GB durante um período de 6 meses; ou $499 para ter 30GB durante 30 meses.

Mesmo considerando os gastos recorrentes com os veículos (a começar pelo combustível), não sei até que ponto os consumidores estarão dispostos a pagar mais uma “renda” por um serviço que eventualmente poderiam querer agregar a um serviço que já tenham – por exemplo, poderia ser mais vantajoso permitir que a ligação do automóvel fosse partilhada com a do smartphone/tablet, ou associada à mesma conta em condições mais económicas.

 

De uma forma ou de outra… parece estar visto que a conta irá ficar sempre a nosso cargo, quer seja paga aos bocadinhos ou de uma só vez, de forma mais imediatamente visível ou disfarçada no custo da aquisição ou manutenção. Eventualmente, espero que se chegue ao dia em que os operadores de internet mobile comecem a oferecer uma modalidade onde um cliente paga pelo acesso ilimitado à internet, e tem direito a utilizá-lo em todos os diversos equipamentos que possui, à semelhança do que acontece com a internet por cabo/fibra.

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